“Eu não vou boicotar a Netflix por causa do filme de Natal do Porta dos Fundos. E vou dizer o seguinte: tenho plena convicção que o pessoal do Porta dos Fundos vai ter contas duríssimas para prestar a Deus. O que eles fazem, em termos de zombaria com o Deus vivo, é absurdo. É um negócio fora de série. Não têm, absolutamente, nenhum medo de zombar de Deus”.
“O que me deixa muito mais chocado é saber que existem crentes que trabalham no Porta dos Fundos. Gente que se diz evangélica, gente que se diz religiosa, mas que não vê nenhum problema em trabalhar no Porta dos Fundos e, de certa forma, atuar em esquetes e filmes que degradam a própria fé”.
“Não quero viver numa sociedade em que as pessoas são tolhidas no direito de falar besteira. Não quero viver numa sociedade em que as pessoas vão ser perseguidas em nível civil pelas loucuras que dizem. Não quero viver numa sociedade em que o Estado vai se meter na liberdade de expressão. […] Quero viver em um mundo em que as pessoas têm liberdade para serem babacas e idiotas”.
O pastor e teólogo Yago Martins seguiu um caminho de certa forma diferente do proposto por outros líderes evangélicos, como o pastor Joel Theodoro, que associou a assinatura da Netflix a um patrocínio para que filmes como o Especial de Natal: A Primeira Tentação de Cristo sejam produzidos.
“Tomei conhecimento de que algo além do tolerável na perspectiva cristã estava ocorrendo, e isso me conduziu a cancelar a minha assinatura da Netflix”.
Para deixar claro que não se trata de uma reação exagerada, o pastor explicou suas motivações: “Ao passarem de alocadores a produtores ou coprodutores de vídeos que zombam claramente da fé alheia, especialmente de Cristo, os serviços [da Netflix] deixaram de ser compatíveis comigo e minha casa, uma vez que entendo que a verba mensal que pago representa parte da verba utilizada nesse projeto. Um cristão passaria, então, de cliente com reservas a patrocinador da desfaçatez com que trataram a fé cristã”.
A petição online em repúdio ao Porta dos Fundos vem crescendo exponencialmente em adesão. Nesta sexta-feira, 13 de dezembro, o documento já foi assinado por 1,5 milhão de pessoas, que pedem à Netflix que remova o conteúdo de seu catálogo.