“Dos males, o menor? Há uma pressão nos nossos dias para que nós tomemos um posicionamento diante de situações onde qualquer uma das escolhas é muito ruim. É claro que essas situações fazem parte da vida. Inevitavelmente, precisamos decidir o que iremos fazer diante dos problemas que nos são apresentados. A dúvida é: quais são os nossos fundamentos de fé?.
Será que todas as pressões que sofremos, com relação aos nossos posicionamentos, são legítimas? A partir de onde foi feita a construção de nossa ética: no Reino de Deus e nos seus valores, ou simplesmente naquilo que é o ‘politicamente correto’ do nosso tempo? Se nós não estamos a favor de Deus e da Sua vontade, então definitivamente estamos contra Ele.
Não se engane que todas as pressões que sofremos nos dias em que estamos vivendo sejam legítimas. Muitas pessoas desejam relativizar valores absolutos, principalmente aqueles que trabalham com o que nós chamamos de progressismo. Esses irão privilegiar a vida segundo interesses muito particulares e que nem sempre são coerentes com aquilo que a Palavra de Deus traz para nós.
Por isso alguns defendem que criminosos cumpram suas penas, paguem por seus delitos, de maneira proporcional aos crimes cometidos, e no entanto, têm a cara de pau de tentar legitimar o aborto como algo natural.
Qual é a atitude cristã diante de uma situação onde precisamos escolher qual criança deve viver e qual criança deve morrer? Na verdade, não há nada cristão em ter que se posicionar diante de uma situação dessa. Essa situação nem sequer deveria existir. Agora, uma coisa eu sei: cristão é ‘chorar com os que choram, e se alegrar com os que se alegram’. Agora, aqueles que estão se alegrando enquanto a situação deveria ser de choro, estes são os verdadeiros perigosos. Estes que estão comemorando enquanto a situação é de choro, são urubus malditos escravos de suas ideologias demoníacas, inimigos da cruz de Cristo.
Dos males? Nenhum deles. Não podemos ficar administrando qual é a porção do inferno que queremos sobre a vida das outras pessoas. Precisamos parar de relativizar aquilo que é a verdade, aquilo que é bom, aquilo que é justo. Porque senão, daqui um tempo, nós estaremos diluindo de uma maneira tão absurda aquilo que é a verdade, que é correto, virtuoso, que nós não saberemos mais separar o que é bom e o que é ruim.
Nos posicionarmos de maneira frouxa diante de situações, por mais difíceis que elas sejam, fará com que nós toleremos o homem mau além daquilo que é correto. Esse tipo de conduta relativista, embora tenha uma aparência de piedade, no final das contas faz com que nos tornemos escravos da vaidade do nosso próprio entendimento. Que o Senhor tenha piedade de todos nós, daqueles que precisam tomar decisões onde qualquer escolha seja ruim. Mas que a mão do Senhor pese sobre a vida daquele que se alegra com a desgraça na vida do outro. Que a mão do Senhor recaia sobre aquele que se alegra com a morte do inocente”.