O pastor Ernane W. Léo, da congregação da Igreja Batista da Lagoinha (IBL) no bairro Santa Mônica, em Belo Horizonte (MG), fez duras críticas ao filme A Caminho da Fé, apontando as heresias que são apresentadas na embalagem de uma cinebiografia.
O filme narra a vida do pastor Carlton Pearson, interpretado pelo ator Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão). Segundo Léo, o filme traz uma mensagem de universalismo, a doutrina antibíblica que diz que todos os homens serão salvos em virtude da bondade de Deus.
Ernane W. Léo afirmou que, ao ver a chamada para o filme, acreditou que tratava-se de uma obra cristã, mas descobriu estar enganado: “A princípio eu pensei que esse filme fosse efetivamente uma história cristã, um exemplo de vida prática para a igreja dos dias de hoje. Eu assisti esperando uma mensagem que me levasse uma nova compreensão de fé em Cristo, porém o que eu constatei depois é que na verdade eles fazem uma justificativa do erro. O filme é uma justificativa do erro, porém mal feita e contraditória”, disse o pastor.
Em resumo, o filme se concentra a narrar a jornada de Pearson quando ele, abalado pelo sofrimento no continente africano, começa a questionar sua fé. A partir desse ponto ele passa pregar uma mensagem construída a partir de uma “releitura” da Bíblia Sagrada.
“O filme apresenta o cristianismo com ponto de vista totalmente dogmático, em que Deus é aquele homem de barba todo poderoso que você tem que ter medo dele. Porque ele pode te condenar por causa dos teus erros. Esse é o Deus que eles apresentam e esse não é o Deus do cristianismo. O nosso Deus é um Deus de amor e de paz, mas também é um Deus de justiça. Nós não devemos confundir temor com medo”, resumiu Léo.
“Jesus morreu para todos, então todos estão salvos? A questão é que existe qualquer tipo de conversa e existem argumentos, verdades. Nós precisamos saber diferenciar o que são argumentos e o que são verdades. Jesus morreu por todo mundo. É um argumento. Mas não são todos que serão salvos”, acrescentou.